segunda-feira, 7 de agosto de 2023

SMED: Otimizando a troca rápida de ferramentas na produção




A eficiência na produção é um fator crucial para o sucesso de qualquer negócio. Um dos principais obstáculos à produtividade é o tempo de troca de ferramentas, que pode levar a paradas na produção e atrasos emocionantes. É aqui que entra o SMED (Single Minute Exchange of Die) - uma metodologia que visa otimizar e agilizar a troca de ferramentas, minimizando o tempo necessário para realizar essa tarefa. Neste artigo, exploraremos o conceito de SMED e forneceremos exemplos práticos de sua aplicação bem-sucedida.

O que é SMED?

    O SMED é uma abordagem desenvolvida por Shigeo Shingo, um especialista em melhoria contínua e fabricação enxuta. Seu objetivo é reduzir o tempo de troca de ferramentas para menos de dez minutos (single-minute) - daí o nome "Single Minute Exchange of Die". Embora inicialmente aplicado na indústria automotiva, o SMED mostrou-se eficaz em diversas áreas de produção, desde linhas de montagem até processos de manufatura.

Os Passos do SMED:

Identificação das Atividades Externas e Internas: A primeira etapa consiste em identificar todas as atividades envolvidas na troca de ferramentas, classificando-as como atividades externas (que podem ser realizadas enquanto a máquina está em funcionamento) e atividades internas (que exigem que a máquina esteja parada).

  1. Conversão de Atividades Internas em Externas: O próximo passo é buscar maneiras de transformar atividades internas em externas, olhando o tempo de inatividade da máquina. Isso pode envolver o pré-posicionamento de ferramentas, a preparação de materiais com antecedência e simplificação de processos.

  2. Padronização e Simplificação: Uma vez que as atividades foram otimizadas, é importante padronizar os processos. Isso inclui a criação de listas de verificação, instruções visuais e treinamento adequado para os operadores. Além disso, simplificar o design das ferramentas e componentes pode reduzir a complexidade da troca.

  3. Eliminação de Ajustes: A eliminação de ajustes necessários é um passo crucial. Ao projetar ferramentas e máquinas que exigem menos ajustes, o tempo de troca pode ser significativamente reduzido.

Exemplos de Práticas de Aplicação do SMED:

  1. Indústria Automotiva: Uma montadora de automóveis utilizou o SMED para otimizar a troca de ferramentas em sua linha de produção. Eles redesenharam as ferramentas para se encaixarem perfeitamente nas posições corretas, atendendo a necessidade de ajustes. Além disso, implementei um sistema de pré-posicionamento de ferramentas, permitindo que a troca ocorra enquanto a linha ainda estava em funcionamento.

  2. Indústria de Alimentos: Uma empresa de processamento de alimentos aplicou o SMED para agilizar a troca de moldes em sua linha de produção de embalagens. Eles padronizaram os processos, criaram instruções visuais para os operadores e reorganizaram a disposição das ferramentas para minimizar o tempo de inatividade da máquina.

  3. Manufatura Eletrônica: Uma fábrica de produtos eletrônicos implementou o SMED para reduzir o tempo de troca de placas de circuito em máquinas de montagem. Eles adotaram a prática de realizar ajustes finos apenas após o reinício da máquina, permitindo que grande parte da troca ocorra com a máquina em funcionamento.

Em conclusão, o SMED é uma ferramenta poderosa para otimizar a troca rápida de ferramentas na produção. Ao seguir os passos do SMED e aplicar princípios de melhoria contínua, as empresas podem reduzir significativamente o tempo de inatividade da máquina, aumentar a eficiência da produção e obter vantagens competitivas no mercado. Ao adotar essa abordagem, as organizações estão preparadas para enfrentar os desafios da produção moderna de forma ágil e eficaz.

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